CHICO BUARQUE

Francisco Buarque de Hollanda, conhecido como Chico Buarque (Rio de Janeiro, 19 de Junho de 1944) é um compositor, cantor, poeta, dramaturgo e escritor brasileiro, uma das mais importantes figuras da música popular brasileira dos anos 60 até os dias de hoje.

Durante sua infância morou em São Paulo, Rio de Janeiro e Roma, e cresceu cercado de grandes artistas amigos de seus pais e da irmã, a cantora Miúcha, como João Gilberto, Baden Powell, Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Ainda em Roma, ouvindo seu pai ao fundo com Vinicius, lia de Dostoievski a Roger Martin e voltava às raízes brasileiras com Carlos Drummond de Andrade, Machado de Assis e Graciliano Ramos. Da Rússia para a França e de volta para o Brasil.

Chico Buarque aprendeu a tocar violão de ouvido, tentando imitar os amigos de sua irmã e o que ouvia no rádio: Ataulfo Alves, Noel Rosa, chorinhos, sambas, marchas e semelhantes. Começou a se apresentar ainda no colégio onde se destacava não só pela música, mas pelo seu amor pelo futebol, suas crônicas e sua participação integral no jornal da escola. Com tantas atividades físicas e intelectuais é de se impressionar que nesta mesma época Chico já compunha Canção dos Olhos, Marcha para um Dia de Sol e Anjinho e chegou a apresentar algumas composições próprias em espetáculos. Terminando a escola, ele até entrou para a FAU, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, mas após poucos anos formou um grupo, chamado de Sambafo, para fazer um “batuque” depois da aula.

Em 1965, Chico Buarque gravou seu primeiro compacto pela RGE com Pedro Pedreiro e Sonho de um Carnaval. Neste ano tocou no programa O Fino da Bossa da Rede Record, musicou o poema Morte e Vida Severina de João Cabral de Melo Neto (versão elogiada pelo próprio poeta), e fez uma turnê pelo Brasil e pela França. No ano seguinte, Nara Leão interpretou sua música A Banda no Festival da Record, onde ganhou reconhecimento como compositor, e nesta mesma época defendeu músicas de sua autoria como Sabiá e Benvinda. No fim da década de 60 excursionou pela França e pela Itália onde morou por pouco tempo antes de voltar para o Brasil.

De volta ao Brasil, Chico gravou alguns de seus álbuns de maior sucesso, como Construção (1971) e Sinal Fechado (1974), até que encarou o seu maior bloqueio artístico: a ditadura militar. Suas músicas e peças eram censuradas aos lotes. O artista chegou a usar o pseudônimo “Julinho de Adelaide” na hora de assinar canções como Acorda Amor.

Chico Buarque lançou também peças de teatro como a Ópera do Malandro e Gota D´Água e livros como Estorvo e Budapeste. Participou de diversas coletâneas e trilhas sonoras e fez tributos e performances ao vivo que entraram para a história. Após oito anos sem lançar material inédito, Chico Buarque lança seu novo CD, Carioca, pela Biscoito Fino, em maio de 2006.

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